Ordem e Progresso

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As Instituições destinadas à segurança e defesa não atuam de forma integrada, com raros exemplos positivos. E quando atuam estão comprometidas por medidas políticas que limitam as ações e geram distorções que não permitem que o objetivo final seja o combate ao crime de forma eficaz. Na verdade falta um planejamento estratégico de Estado..

O jogo da imitação: o que fazer com a inteligência

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O JOGO DA IMITAÇÃO é filme de sucesso. Mostra a saga de Alan Turing para quebrar os códigos da Enigma, a máquina de criptografar mensagens da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial.

O título do filme surge a partir da questão proposta por Turing a respeito da pergunta se as máquinas pensam… “talvez elas não pensem como os humanos”, sugere a resposta dada pelo ator britânico Benedict Cumberbatch que interpreta Turing.

O desenrolar do enredo cinematográfico dirigido pelo norueguês Morten Tyldum trata de um dilema que nos choca: o que fazer com mensagens decifradas? Salvar vidas, impedir mais destruição ou ganhar a guerra?

Transpondo essa ideia para o mundo de hoje talvez estejamos diante de algo bem semelhante: o que fazer com a inteligência gerada pelas informações que nos chegam a todo o momento?

Possuímos assustador volume de dados, estudos e análises. São públicos e fáceis de serem encontrados. Indicam tendências e fatos futuros que, em alguma época, acontecerão. Mas isso não é coisa de hoje ou de ontem. Também não é história de ficção científica ou de especulação visionária.

Como o Brasil deve conduzir estratégias por melhores condições de vida com relação à educação, saúde e segurança? A demanda por mais energia não era esperada? E o que dizer a respeito da água, a possibilidade de faltar seria muito difícil de imaginar? As questões de mobilidade urbana, quando terão o tratamento adequado? E as demandas sociais do aumento populacional juntamente com as alterações sensíveis na pirâmide etária, causando significativo aumento de idosos, quando terão tratamento adequado? Isto sem falar de investimentos em tecnologia, controle de endemias, ausência do Estado Brasileiro em áreas críticas como faixa de fronteira e Amazônia e um leque sem fim de problemas.

Parece o caso da Enigma onde as mensagens eram codificadas e indecifráveis! Naquela época a solução ficou por conta das máquinas de Turing.

E hoje? O que fazer com a inteligência enquanto fator de tomada de decisão? Penso que são casos que seres humanos podem resolver!

Homero Zanotta é consultor do Instituto Sagres