El País ouve Diretor de Prospectiva sobre Cenários Ambientais para o Estado de São Paulo

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“As chuvas abaixo do esperado desde 2011 têm sido a explicação das autoridades do Estado e da Sabesp para justificar a pior crise hídrica nos últimos 84 anos, mas os alertas de que São Paulo caminhava em direção a um quilométrico deserto vêm pipocando desde 2001.”

"O exercício de prospectar o futuro é fundamental para antecipar as soluções ou até mesmo evitar os futuros problemas"

“O exercício de prospectar o futuro é fundamental
para antecipar as soluções ou até mesmo evitar os futuros problemas”

“Nós avisamos sobre o aumento da população, sobre a necessidade de implantar sistemas de reuso, principalmente do esgoto, de colocar outros pontos de captação de água em regiões adjacentes aos reservatórios para não ser tão dependentes dos sistemas atuais…”Raul Sturari, Diretor de Prospectiva

Sagres já previa, em 2009, conflito pelo uso da água em São Paulo

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Capa do projeto elaborado em 2009 e que pode ser acessado em nossa biblioteca

Capa do projeto elaborado em 2009 e que pode ser acessado em nossa biblioteca

O documento “Cenários Ambientais 2020” foi elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente do estado de São Paulo em 2009 e contou com a colaboração de mais de 200 especialistas, entre eles consultores do Instituto SAGRES Política e Gestão Estratégica Aplicadas, que foi a consultoria contratada do projeto. O documento tinha como missão “realizar um planejamento integrado e inserir a temática ambiental de forma transversal na agenda pública do estado de São Paulo (…) propondo medidas de médio e longo prazo, permitindo à questão ambiental se tornar uma oportunidade no modelo de desenvolvimento sustentável.” A metodologia adotada no Projeto foi composta por três fases – diagnóstico, prospectiva e solução estratégica e buscava antecipar as ações do Estado frente aos desafios futuros.

O documento de 166 páginas pode ser consultado na íntegra na biblioteca de trabalhos realizados por nosso Instituto, disponível para consulta assim como tantos outros dentro de nossas áreas de atuação.

As técnicas para a elaboração de cenários, a estrutura metodológica do projeto e outras informações também podem ser consultadas no documento Uma análise do Projeto “Cenários Ambientais 2020” proposto pela Secretaria do Meio Ambiente do estado de São Paulo

Os benefícios do compliance

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As constantes notícias sobre corrupção nos fazem pensar se, algum dia, nos livraremos dessa praga que insiste em desmentir os dizeres de nossa bandeira. Segundo a FIESP, a corrupção no Brasil drena quase 3% do PIB, ou seja, nossa renda per capta seria 15% maior se fossemos honestos!

O ente público tem um longo caminho a percorrer na busca pelo saneamento de suas fileiras, na seleção e na capacitação de seu quadro funcional, e na melhoria de suas práticas de trabalho. O mundo corporativo também precisa adotar medidas severas que contenham e desencorajem as tentativas de fraude, de corrupção ativa e passiva, por ação ou omissão, não só pela aplicação de sanções como, também, concedendo prêmios aos que se mantenham íntegros, deixando o colaborador diante de uma escolha: faço o certo e sigo em frente, ou faço o errado e minha vida na empresa pode acabar aqui?
O efeito educador de se fazer o certo (e ser recompensado por isso) espalha-se pela exemplaridade e precisa vir de cima (top-down).

A corrente do “só faço o que é correto” tende a firmar-se nas organizações, que são compostas em sua maior parte por pessoas de bem, as quais, lideradas e unidas, desenvolverão o sentido do pertencimento.

"Estar conforme mandam as normas"

“Estar conforme mandam as normas”

Os excluídos terão de se organizar para sobreviver, ficarão sem ambiente e acabarão por deixar rastros que poderão ser seguidos.

Esses são alguns benefícios da prática diária do compliance, cuja tradução livre seria “estar em dia com as regras vigentes” ou “estar conforme mandam as normas”. Muito mais que um código de posturas, trata-se de uma cultura a ser aceita e adotada pelo corpo funcional, público ou privado, de não conviver com o erro, ser ético, acertar da primeira vez, encantar o cliente e orgulhar-se em pertencer a tudo isso.

Eugenio Moretzsohn é especialista em Contrainteligência em compliance

O valor da informação

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Muito se tem escrito sobre a importância da informação. Para decidir sobre qualquer coisa, precisamos de informações, preferencialmente claras e oportunas, o que, de forma alguma, é novidade.

Sun Tzu, que viveu na China na época dos Reinos Combatentes, entre 400 e 320 a.C nos ensina no clássico “A Arte da Guerra”: “Se um soberano iluminado e seu comandante obtêm a vitória sempre que entram em ação e alcançam feitos extraordinários, é porque eles detêm o conhecimento prévio e podem antever o desenrolar de uma guerra”.

Na chamada Sociedade da Informação ou do Conhecimento, mais do que nunca, a informação é vital para o processo de tomada de decisão de Estados, empresas, órgãos públicos, ONGs, instituições, partidos políticos, etc… Com a ampliação dos meios de comunicação e, conseqüentemente, democratização da informação, cerca de 80% das informações necessárias para subsidiar os processos de tomada de decisão públicos ou privados estão disponíveis.

Isso, em tese, facilita em muito a fase da coleta dos dados que serão transformados em informação. São oriundas, portanto, de fontes chamadas abertas. Paradoxalmente, há uma dificuldade em sistematizar e processar um volume significativo de dados e uma das soluções encontradas é o uso de softwares de análises qualitativas e quantitativas de dados.
As informações provenientes de dados obtidos de fontes fechadas (20%) possuem, naturalmente, um valor mais expressivo e são disponibilizadas, particularmente, pela rede de contatos dos coletores de informação, dos analistas e dos gestores de inteligência.
Por outro lado, não basta produzir a informação no prazo previsto. É necessário disponibilizá-la para quem tem a real necessidade de conhecê-la. Além disso, é fundamental proteger o conhecimento gerado, quando esse contiver aspectos estratégicos para a organização que o gerou.

Desta forma, a Inteligência representa uma ferramenta estratégica que permite à alta gerência melhorar sua competitividade, identificando as principais forças propulsoras e prevendo os futuros rumos do mercado. É um processo onde as informações de múltiplas fontes são coletadas, interpretadas e comunicadas a quem precisa delas para decidir.

O valor da informação

A dificuldade em sistematizar e processar um volume significativo de dados

Oferecendo apoio seguro à tomada de decisões estratégicas, a função Inteligência prevê oportunidade e ameaças, acompanha e avalia os concorrentes e orienta a implementação eficaz de novos negócios.

No setor público, permite o conhecimento e a antecipação de ações pelos agentes públicos no sentido de proteger a sociedade, antecipando-se às ameaças, e possibilitando a conquista e manutenção da vantagem estratégica perante os demais atores do ambiente.

Usada com sabedoria, a Inteligência pode ser vista como uma ferramenta de apoio ao processo decisório, oferecendo uma reflexão organizacional pró-ativa, oportuna e focada no futuro, que pode definir o sucesso ou fracasso de uma organização ou da sociedade.

Mario Andreuzza é presidente do Instituto SAGRES Política e Gestão Estratégica Aplicadas